Vivemos, novamente, a alegria de mais um Dia das Mães.
Fugindo do que é comum, quero aproveitar a oportunidade para homenagear uma “minoria” injustiçada e desprezada: a das mães descartáveis.
A princípio, o adjetivo parece impróprio, mas é o que melhor especifica as vítimas da ingratidão e da falta de apreço de filhos extremamente egoístas. Estes, por serem incapazes de conviver com a velhice materna e tudo quanto lhe é inerente, desobrigam-se do dever de dispensar o mínimo respeito e a devida assistência às suas mães, exatamente na hora em que elas mais necessitam.
Embora a contragosto, bem ou mal, há os que aceitam a permanência das genitoras em suas novas famílias. No entanto, vivem a alegar tudo que lhes dão ou fazem, forçando-as a se sentirem “estorvos” em suas vidas.
Há ainda os que agem de forma mais cruel: largam-nas em asilos para idosos (por melhores que sejam estas instituições, elas não substituem o lar) ou na companhia de pessoas inescrupulosas que, na grande maioria dos casos, submetem-nas a humilhações e diversos tipos de violência.
Pobres filhos! Cruéis criaturas! Eles esquecem, rapidamente, dos anos, meses, semanas, dias e noites que lhes foram dedicados espontânea e gratuitamente por estes seres que o tempo, as enfermidades e as limitações próprias da idade tornaram, de certa forma, inativos e carentes de redobrado cuidado e especial atenção.
Portanto, ter para a mãe todos os desvelos não é apenas um preceito, mas uma questão de justiça, reconhecimento e demonstração de gratidão. É, principalmente, na sua velhice que temos a oportunidade de retribuir tudo de bom que delas recebemos desde a gestação.
Mãe descartável, neste Dia das Mães, receba o carinho e o respeito de alguém que não a conhece, mas sabe da sua existência.
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