Dependendo do momento que você está atravessando nas suas relações com pais, filhos e cônjuges, você irá gostar mais ou menos dessa idéia, mas a medicina já se rendeu completamente a ela: a sua família está no centro da sua saúde e tem função determinante no seu bem-estar físico e mental a longo prazo.
Estudos recentes têm trazido à tona informações consistentes para assegurar que os laços familiares não são importantes apenas na formação de hábitos saudáveis, como gostar de frutas e legumes ou praticar alguma atividade física, mas também em muitas outras facetas da vida jamais imaginadas. Eles interferem, por exemplo, nos riscos que se corre no trânsito, na idade em que têm início as alterações hormonais da puberdade, na tendência à automedicação, na facilidade para perder ou ganhar peso e até na vulnerabilidade ao câncer. A visão revelada pela ciência do papel das ligações familiares sobre a saúde é fascinante. “A boa saúde começa cedo na vida, na infância, influenciada pelo ambiente familiar. E a saúde mais precária também começa dessa maneira”, diz a cientista Rena Repetti, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
A pesquisadora reuniu mais de 500 estudos sobre o tema para fazer uma espécie de auditoria do que já pode ser aceito como verdade. Uma das mais sólidas descobertas é que as crianças que cresceram em um ambiente de acolhimento e segurança emocional em geral são providas de maior senso de integração social e mais capazes de regular o próprio comportamento para manter a saúde do corpo e da mente independentemente do apoio de outras pessoas.
A outra constatação, tão sólida quanto a primeira, é que o contrário disso – viver em famílias cujo cotidiano é marcado por episódios de raiva e agressões – torna crianças, adolescentes e adultos vulneráveis a uma ampla gama de males físicos e mentais. Isso vale tanto para ameaças imediatas – como ficar mais desprotegido diante do risco de tornar-se dependente de álcool, tabagismo e outras drogas – quanto para firmar as bases de longo prazo para a expressão de males cardiovasculares e de desordens afetivas, como a depressão e a ansiedade.
A outra constatação, tão sólida quanto a primeira, é que o contrário disso – viver em famílias cujo cotidiano é marcado por episódios de raiva e agressões – torna crianças, adolescentes e adultos vulneráveis a uma ampla gama de males físicos e mentais. Isso vale tanto para ameaças imediatas – como ficar mais desprotegido diante do risco de tornar-se dependente de álcool, tabagismo e outras drogas – quanto para firmar as bases de longo prazo para a expressão de males cardiovasculares e de desordens afetivas, como a depressão e a ansiedade.
“O que estamos vendo é que existe uma grande e profunda interligação entre as relações familiares, o estilo de vida, a genética, a saúde e a maneira como as pessoas enfrentam as doenças”, explica o geriatra Fábio Nasri, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
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